Bajau: humanos geneticamente adaptados para permanecerem debaixo d'água

1 11. 09. 2018
6ª Conferência Internacional de Exopolítica, História e Espiritualidade

Não, os cientistas não descobriram um povo do mar ou uma nova espécie. Há pessoas no sudeste da Ásia que permaneceram um mistério para os cientistas por muitos anos. Pessoas da tribo Bajau podem mergulhar a uma profundidade de 70 metros acima da superfície em uma respiração. Ele fica lá por alguns minutos e pega peixes. Esse fato leva os especialistas à questão - como isso é possível? Como eles podem fazer isso?

Estudos - mutações genéticas

Um estudo recente publicado em um artigo no Journal descreve uma civilização que foi capaz de ficar debaixo d'água por mais tempo do que o normal graças a órgãos maiores. Esta não é a primeira vez que uma mutação genética humana foi descoberta. Quanto mais lidamos com nossos genes, mais descobrimos como as pessoas de diferentes partes do mundo podem se adaptar ao ambiente natural. Isso os torna únicos.

Por exemplo, as pessoas do Tibete e das terras altas da Etiópia se adaptaram melhor para sobreviver em altitudes extremamente altas. Pessoas da África Oriental e do Norte da Europa adotaram uma mutação genética que os ajuda a digerir melhor o leite e seus derivados. Agora, os cientistas descobriram um novo tipo de mutação genética - humanos da tribo Bajau. Esta cepa está fragmentada em várias comunidades (por exemplo, na Indonésia, Malásia e Filipinas). Sua mutação genética os ajuda a se tornarem mergulhadores excepcionais.

O New York Times escreveu:

"Essas pessoas tradicionalmente vivem em casas flutuantes."

Rodney C. Jubilado afirma:

"Eles simplesmente não têm muita experiência em viver na terra."

Rodney C. Jubilado, antropólogo da Universidade do Havaí que estuda o povo de Bajau, não participou da nova pesquisa. Os pesquisadores examinaram a capacidade extraordinária das pessoas da tribo Bajau e concluíram que, devido a uma mutação genética, eles podem passar alguns minutos debaixo d'água, eles também têm um baço dilatado. Este órgão, entre outras coisas, pode armazenar glóbulos vermelhos que transportam oxigênio.

Povo de Bajau - PDE10A e baço dilatado

Esta conclusão é um seguimento claro de um estudo anterior no qual os cientistas examinaram por que algumas focas duram mais tempo debaixo d'água do que outras. Acontece que as focas que podem permanecer debaixo d'água por mais tempo também apresentam um baço dilatado. Os pesquisadores inspirados por essa conclusão decidiram usar um aparelho de ultrassom para medir o baço de 43 pessoas de Bajau e 33 pessoas de um grupo vizinho de agricultores saluanos. E qual foi o resultado? Uma variação do gene, chamada PDE10A, afetou o tamanho do baço em pessoas de Bajau. Essa foi uma descoberta surpreendente para os cientistas, que até agora nunca associaram esse gene ao tamanho do baço.

 

Artigos semelhantes