Caminhos da música: uma rede antiga conhecida como "pegadas dos ancestrais"

28. 06. 2018
6ª Conferência Internacional de Exopolítica, História e Espiritualidade

Espalhada por todo o continente australiano está uma rede caminhos invisíveis conhecidos pelos aborígines como "vestígios de ancestrais". No oeste, é conhecido como "Song Paths" e "Dream Trails". Essas viagens foram parte da criação de um mito indígena que tratava de criaturas lendárias que vagavam pela terra. Cantando os nomes de tudo que encontravam na estrada - pássaros, animais, plantas, pedras, poços - e assim cantando o mundo à existência.

Cada tribo tinha seus próprios caminhos musicais

Cada tribo tinha seu próprio caminho musical, que foi transmitido a ela por seus ancestrais. Foi responsável por preservar essas canções sagradas bem como a adesão às regras e tradições neles contidas. Ele tinha o dever de proteger os caminhos de suas canções, pois o território não celebrado murcharia e morreria. Ao cantar lugares de destaque na paisagem, o país ganhou vida, e assim ela poderia ter um desenvolvimento saudável.

Turnê musical também também funciona como um mapa e bússola. Se o aborígine conhecia a música, ele sempre foi capaz de encontrar seu caminho em todo o país. Um homem submetido ao ritual "Walkabout" sempre viaja pelos caminhos das canções. Se ele se desviasse de seu caminho de sonho, ele entraria no território de outra pessoa. Enquanto se mantivesse firme, ele sempre encontraria pessoas que compartilhavam seus sonhos, onde poderia esperar hospitalidade.

Austrália como partitura

Teoricamente, toda a Austrália poderia ser lida como música (mapa das canções). Você dificilmente pode encontrar uma pedra ou riacho aqui que não pudesse ser cantado. Os caminhos das canções podem ser imaginados como um labirinto de histórias épicas repletas de reviravoltas repentinas, em que cada lugar sagrado pode ser lido com base na sua geologia, função e lendas a ele associadas.

Em qualquer lugar no deserto, você pode apontar para qualquer parte da paisagem e perguntar aos nativos: "Qual é a história aqui?" Ou "Quem é esse?" ele andou. A diferença entre essas diferentes respostas pode ser medida como uma seção de uma música.

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